Através de um amplo acordo, a BP pagará à Devon Energy, em dinheiro, 7 bilhões de dólares americanos por seus ativos no Brasil, Azerbaijão e em águas profundas do Golfo do México nos Estados Unidos. Esses ativos incluem: participações em dez blocos exploratórios no Brasil, incluindo sete blocos na prolífica Bacia de Campos; além de um importante conjunto de áreas exploratórias e prospectos no Golfo do México nos Estados Unidos; e de uma participação adicional no desenvolvimento do complexo Azeri-Chirag-Gunashli (ACG) operado pela BP no mar Cáspio, no Azerbaijão.
Adicionalmente, a BP venderá para a Devon Energy uma participação de 50% nos direitos da BP nos arenitos Kirby, que contém óleo pesado na província de Alberta no Canadá, pelo valor de 500 milhões de dólares americanos. As partes concordaram em formar uma joint-venture operada pela Devon, cada uma com participação de 50%, visando o desenvolvimento deste ativo. Adicionalmente, a Devon assumirá o compromisso de desembolsar custos de capital de cerca de 150 milhões de dólares americanos em nome da BP.
A conclusão de alguns desses negócios está sujeita a aprovações dos órgãos reguladores e de autorizações por terceiras partes.
“Esta oportunidade estratégica enquadra-se perfeitamente na capacidade operacional e interesses chave da BP no mundo, oferecendo-nos um significativo potencial adicional de crescimento de longo prazo, com ênfase na produção petrolífera”, afirmou Tony Hayward, Presidente Mundial do Grupo BP. “Além de proporcionar uma ampla carteira de ativos no estimulante ambiente de águas profundas no Brasil, esta oportunidade também fortalecerá nossa posição no Golfo do México, reforçará nossos interesses no Azerbaijão e nos permitirá progredir no desenvolvimento dos nossos ativos no Canadá.”
Andy Inglis, Executivo-Chefe de Exploração e Produção da BP, afirmou: “Com nossa entrada no Brasil, a BP irá acrescentar uma importante posição em mais uma bacia atrativa de águas profundas. Combinado com um significativo aumento de nossa posição no Golfo do México, reforçamos ainda mais nossa liderança como companhia petrolífera internacional de águas profundas”.
O acordo dará à BP uma posição diversificada e abrangente em blocos exploratórios em águas profundas no offshore do Brasil, com participação em oito blocos concedidos nas Bacias de Campos e de Camamu-Almada, em lâminas d’água que variam entre 100 e 2780 m, bem como duas concessões em terra na Bacia de Parnaíba. Os blocos da Bacia de Campos incluem três descobertas – Xerelete, Wahoo (no pré-sal) e Itaipu – além do campo de Polvo, que se encontra na fase de produção.
Nas águas profundas do Golfo do México nos Estados Unidos, a BP adquirirá um portfolio de grande qualidade, com participações em 240 concessões, com uma posição particularmente forte no play emergente do Paleogeno em águas ultra-profundas. Com o acréscimo dos 30% de interesse da Devon na importante descoberta de Kaskida do Paleogeno, a BP alcançará 100% de participação no projeto. Os ativos incluem também participações em quatro campos petrolíferos em produção: Zia, Magnolia, Merganser e Nansen.
No Azerbaijão, a aquisição da participação de 5,63% da Devon no desenvolvimento ACG aumentará para 39,77% a participação da BP nesses campos.
As concessões nos arenitos Kirby, ainda por desenvolver, situam-se a sudeste da região de Atabasca em Alberta – perto do projeto Jackfish, operado pela Devon, que entrou em produção em 2007. Tal como Jackfish, os arenitos Kirby são apropriados para o desenvolvimento in situ usando drenagem por gravidade com vapor (SAGD na sigla em inglês). A BP e a Devon concordaram com um programa inicial de avaliação para estimar o potencial da área e para estabelecer um plano de desenvolvimento de longo prazo. Em conjunto com a formação desta parceria, a BP e a Devon concordaram em celebrar um contrato off-take de petróleo bruto pesado produzido no desenvolvimento de Kirby, bem como de parte da produção advinda de alguns dos outros desenvolvimentos da Devon na região.
Atualmente a BP está conduzindo um importante programa de investimentos em sua refinaria de Whiting, no Estado de Indiana (Estados Unidos), visando aumentar significativamente sua capacidade de processamento de petróleo bruto pesado, como o produzido no Canadá. A modernização da refinaria de Whiting estará operacional em 2012.
“A Devon é um operador experiente nas areias petrolíferas do Canadá, com uma comprovada experiência no desenvolvimento e produção in situ”, afirmou Inglis. “Prevemos que esta transação irá acelerar o desenvolvimento dos ativos de Kirby e, através do contrato off-take associado, providenciar uma fonte segura de petróleo pesado Canadense, que encontrará na refinaria de Whiting uma vantagem competitiva”.
Após a conclusão desta transação, os funcionários da Devon no Brasil farão parte da BP.
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